sexta-feira, julho 15, 2005

Será preciso um 'Topo de Gama' para desfrutar do FS?

Olá novamente!

Nas últimas semanas tennho lido posts, emails, e tenho ouvido algumas conversas sobre desempenho do FS no PC. Pilotos reclamam que têem problemas de performance, que não são capazes de fazer uma aproximação decente sem o PC soluçar, que as texturas levam muito tempo a carregar, que os paineis puxam muito pelo sistema e que têem apenas 15-20fps quando deveriam ter 30-40 ... Isto com PCs de gama media/alta com Processadores P4, Placas gráficas ATI e "gingabytes" de RAM. Isto leva a fazerem-se upgrades para sistemas e componentes de topo, que custam balúrdios mas que em muitos casos vêm apenas melhorar nominalmente o desempenho. Claro que estas lamúrias fazem parte da tradição FS, em que cada nova versão quase que exige um upgrade ao nosso sistema, mas até que ponto são estes upgrades justificáveis?

Li um artigo recentemente que me deixou a pensar um pouco sobre o assunto. Em síntese, o autor mostrou-se preocupado com a tendência para regermos a nossa experiência do FS pela os "números" indicados no canto do ecra, ou pelas especificações do PC do vizinho, em vez de nos guiarmos pelo que sentimos e vemos com os nossos próprios olhos.

Vou dar um exemplo: Ha um mês ajudei um amigo recém voltado ao FS, depois de alguns anos de interregno, a instalar e configurar um PC para o Flight Simulator. Ele tinha um PIV 2.4GHz com 1GB de RAM e uma placa gráfica GeForce4 MX440. Como era uma máquina supérfula aqui do trabalho, estava completamente limpa e reinstalamos WinXP SP2, DirectX 9, etc e passamos ao FS2004. Depois de instalar o FS2004 base, fiz com ele alguns circuitos a Sydney para "ver as vistas" e lhe mostrar as funcionalidades. O desempenho no Cessna 152 era bastante razoavel com cerca de 18-22 fps. Não tocámos na configuração gráfica default do FS, apenas confirmando a resolução (1024*768*32bits). Deixei-lhe um CD meu com alguns utilitários e add-ons para que ele pudesse escolher o que mais lhe agradava.

Bastou o fim de semana para que a lamuria se iniciasse: 'Epá, tenho que arranjar uma placa gráfica nova! Instalei uns cenários e aviões do teu CD e agora aquela coisa arrasta-se pelos cantos. Ando com 7-8 frames nalguns sítios e aquela porcaria soluça como um gago! Já verifiquei a BIOS, ja corri os diagnósticos e benchmarks e nao consigo meter aquilo mais rápido!'

Ao voltar a casa dele uma semana depois para analisar, deparei-me com sliders no maximo, resolução de 1280*1024 e múltiplos add-ons a correrem simultaneamente. Foi altura de nos sentarmos, beber um café (e alguns bagaços!) e analisarmos o que ele queria disfrutar do simulador.

Chegámos à conclusão que temos de criar prioridades. Primeiro, temos que ter um simulador realista que nos permita voar um avião a partir do cockpit sem degradação drástica no desempenho visual do mesmo. Isto leva a que pormenores exteriores do aparelho tais como repaints 32Bits, VCs e modelos visuais mais detalhados são de menor importância para atingirmos o objectivo.

Em segundo lugar temos que analisar o que vemos de dentro do cockpit para fora e equilibrar o detalhe com o desempenho. O que isto quer dizer? O ambiente é muito importante mas o facto de termos 100% de nuvens 3D em vez de apenas 50% nao vai afectar o gozo em emular os procedimentos e efectuar voos realistas, quer em termos de das fases de voo, quer em termos de conhecimentos de navegação, comportamento de aeronave e procedimentos de terra. Esse nível vai SIM afectar o desempenho e minorar estes factores.

Para a Semana, continuo com esta lamúria, reflectindo noutros aspectos que poderão beneficiar ou nao o nosso hobby.

Um Abraço!

Afinal, são mais as vozes que as nozes ...

Boa amigos!

Desculpem a falta de "opinião" que tenho sofrido nos ultimos mêses, isto não quer dizer que tenha andado desatento ao que se passa e a ter opinião formada. Apenas outros valores se elevam de maneira que tenho andado a esperar para ver.

Ora bem, passado tanto tempo, e por não ter aparecido, parece que a "TAPV II" foi só uma capa rubra abanada em nossa frente para se poder apalpar terreno. Ainda bem. Que fiquemos pelas pinturas e pelas bocas reaccionárias e anónimas nos blogs; Deixemos estar quem está, mal ou bem, e criemos algo novo - quiçá aproveitar a onda artística para desenvolver um projecto. Mas parece que nem nada de novo se consegue criar ... se calhar andamos a perder demasiado tempo a atacar quem não merece - olhem que a inveja é muito feia!

Parabéns pintor! Agora só falta ter respeito por quem lhe deu uma oportunidade ...

Um Abraço!